A CRIANÇA INTERIOR

10-10-2010 14:01

 Minha gente, hoje vou abordar um tema que considero de extrema importância nos tempos difíceis que estamos vivendo.

Todos nascemos pequeninos e atravessamos a infância – um período de aprendizado que nos capacita para a vida. Alguns, dela se lembram com agradáveis recordações, enquanto outros não querem nem saber que passaram pela infância, tantas foram as agruras vividas.

Se observarmos uma criança, com seu sorriso inocente, correndo atrás de bolinhas de sabão ou escutando inebriada sua avó a lhe contar a história da branca de neve e os sete anões, vamos perceber a pureza e a ilimitada amplitude do seu universo.

Quando crianças, tudo podemos; voar, saltitar entre as nuvens, sonhar acordados, dominar dragões e habitar lindos castelos...

Mas...chega um dia em que crescemos!

O mundo azul claro e cor de rosa desaparece, dando lugar ao mundo das obrigações e deveres. Perdemos a magia da criança e após atravessarmos as tormentas e tempestades da adolescência, nos tornamos gente grande...

Adultos responsáveis e produtivos...

As cores do arco irís são substituídas pelo cinza padrão, politicamente correto.

A sisudez emudece os sorrisos fáceis.

O comportamento adequado substitui a espontaneidade

E os bons tempos da infância vão ficando cada vez mais distantes, vivendo apenas nas fotos das festas de aniversários.

A boa notícia, entretanto, é que a criança continua a existir dentro de nós, apesar do nosso corpo crescer e nos tornarmos adultos! Sim, de certa forma ela não morre nunca! É a porção do ser que os psicólogos denominam da CRIANÇA INTERIOR.

Ela se manifesta nos momentos em que nosso lado adulto se distrai...quando comemos sorvete e nos lambuzamos, quando rimos de uma piada bem contada, quando fazemos ou dizemos uma bobagem qualquer, quando olhamos uma flor ou um pôr de sol e nossos olhos se enchem de lágrimas.

No mundo adulto, dos “normóticos”, somos obrigados a funcionar com a nossa parte adulta, mas a criança interior fica sempre dentro de nós, a influenciar (positiva ou negativamente) o nosso comportamento e os nossos sentimentos.

Que possamos manter aberto o canal de comunicação com nossa criança interior.

O mundo está muito sério, sizudo e preocupado. Talvez a pureza, a alegria e o amor de nossa criança possa ser mais útil neste momento.

Que ela possa fazer com que possamos rir dos próprios erros (e aprender com eles).

Vamos combinar um segredo?

Após ler esse artigo, faça uma pausa na vida do cotidiano – falte a um dia de trabalho, coma uma enorme fatia de bolo com chantily, faça uma pequena (ou grande travessura), toque a campainha de uma casa e saia correndo, enfim, libere por alguns momentos, sua criança interior e depois diga-me se não foi muito gostoso, diga-me se eu não tinha razão...

Viva a vida!

Plenamente!

É o que lhe deseja de coração, a minha criança interior...